Irmãs Murialdinas de São José - Delegação Brasil/Argentina

Quem Somos - Na Vida Eterna




IRMÃ ESTER DORIGATTI

“No vosso Amor me concedestes, plenitude da Vida! Acolhei-me, Senhor; em Vós coloquei minha esperança”. Abri-me, Senhor as portas do Paraíso, para que eu entre na Pátria eterna que me preparaste.

Ester Inês Dorigatti nasceu no dia 21 de janeiro de 1927, no Cará Piaí, Fazenda Souza- Caxias do Sul-RS. Filha de Ricicri Miguel Dorigatti e de Ursula Andreazza Dorigatti. É a quarta filha do casal que teve dez filhos, cinco mulheres e cinco homens. Quando pequena, Ester era muito meiga, atenciosa e piedosa, assim falam os irmãos.

Ester, já adulta, sentiu-se chamada pelo Senhor. Recordamos bem, quando a mãe, Ursula, veio pedir para ela ser religiosa. E, perguntada a Ester sobre o que ela queria, na sua simplicidade, respondeu: “Quero ser como vocês “.

Ester entrou no Postulado no dia 22 de agosto de 1957 e, no Noviciado, no dia 16 de fevereiro de 1958. Integrou o 3º grupo de Murialdinas , aqui no Brasil.

Fez seus votos temporários no dia 14 de fevereiro de 1960. Entregou-se a Deus perpetuamente, e por coincidência, no dia de seu aniversário, 21 de janeiro de 1965.

Irmã Ester sempre foi uma mulher simples, mas muito generosa. Não sabia se poupar. Também, ela não mandava dizer as coisas, Era espontânea. Gostava de participar da Missa na Paróquia, mas, aos poucos, Deus lhe pediu também este sacrificio pela dificuldade de caminhar.

Passou sua Vida Religiosa na Comunidade, em Fazenda Souza, na maior parte dos anos, exceto durante dois anos em que esteve ajudando no Seminário Josefino.
Ocupou-se por muitos anos nos afazeres domésticos da comunidade. Gostava muito de trabalhar na terra, na sua mimi horta e cultivar as flores.

Quando as forças foram diminuindo, dedicou-se ao trabalho artesanal. Procurava não perder tempo e caprichava no que fazia. Porém, os seus olhos começaram a ter problemas. Apesar dos cuidados do oculista, não voltaram ao normal. Este sofrimento a acompanhou até sua morte.
Nos últimos tempos de sua vida terrena, Irmã Ester tomou-se mais impressionável o que a fez sofrer bastante.

Mas, à medida que os anos passavam, Irmã Ester sentia que a vida já não lhe seria longa. Emagreceu muito. Com toda a certeza, vendo a idade e a fraqueza que a prostrava, nossa Irmã, agarrou-se mais e mais a Deus, tanto assim que passava longas horas na Capela, trocando de lugar de quando em quando, a fim dc não se deixar dominar pelo sono.

Nós a víamos, um pouco, como o para-raio da Comunidade e Congregação.
Embora pressentindo a morte, pois ela predisse que seria para meio logo, Irmã Ester vivia de bom humor e não se queixava facilmente de seus males. Nossa Irmã não foi mulher e nem religiosa de grandes bravuras ou de projeção, mas o Senhor, quando a escolheu toda para Si, deu-lhe o lindo dom da simplicidade. A prerrogativa, daqueles a quem Cristo prometeu o Reino dos Céus; aqueles que sabem não ter vergonha de ser e de se expressarem assim como são, sem preâmbulos e sem evasivas.
E, Deus, nos seus desígnios imperscrutáveis, inesperadamente, veio buscá-la, no dia 16 de março de 2007, pelas 19h30, rodeada pelas Irmãs da Comunidade e com a presença do Padre Sestino que lhe administrou a Unção dos Enfermos.

Senhor, Tu és nosso Criador, dono da vida e da morte, à tua Misericórdia entregamos Irmã Ester que tjraste do meio de nós, tão inesperadamente. Concede-lhe o prêmio eterno que prometeste aos teus servos fiéis.

Descansa no Coração de Deus, querida irmã Ester e continua rezando por nós, pelos teus parentes e pela tua Paróquia.