Irmãs Murialdinas de São José - Delegação Brasil/Argentina

Quem Somos - Na Vida Eterna




IRMÃ LUIZA BOFF

Na casa de meu Pai há muitas moradas... Vou na frente de vocês preparar-vos um lugar” (Jo 14,2)

São Marcos-RS foi o berço de Luiza que nasceu no dia 19 de outubro de 1918, filha de José Boff e de Joana Saccaro Boff.
A família de Luiza foi ambiente propício em que se desenvolveu, aos poucos, e desejo de consagrar-se ao Senhor, na Vida Religiosa.

Durante algum tempo, dedicou-se ao serviço doméstico, junto ao ex-Abrigo de Menores, hoje Centro Técnico Social, dos Josefinos de Murialdo, em Caxias do Sul-RS. É de lá que Luiza sob a orientação do Iniciador das Irmãs Murialdinas no Brasil, Pe. João Schiavo, cultivou sua vocação e se preparou para dar a resposta definitiva aos apelos do Senhor.

Pertenceu ao primeiro grupo de jovens ingressas ao fundar-se a Congregação das Irmãs Murialdinas em 1953.

Entrou no Postulado aos 20 de agosto de 1954 e, no Noviciado, aos 20 de fevereiro de 1955. Emitiu os primeiros votos em 25 de março de 1956 e fez a profissão perpétua em 11 de fevereiro de 1964
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Sua vida narcou história nas seguintes Comunidades: de 1954 a 1963, dedicou-se ao serviço doméstico no Seminário Josefino de Fazenda Souza-RS. Esteve três meses, em 1964, com a Comunidade de Vila Oliva-RS. De 1964 até alguns meses antes da morte trabalhou, como Costureira incansável, na comunidade do Colégio Santa Maria Goretti, em Fazenda Souza.

Foi uma das Irmãs Pioneiras que contribuiu ativa e decisivamente na formação das raízes da Delegação Brasileira. Dedicou sua vida em afazeres domésticos, especialmente à Costura. Prestou serviços gerais aos Padres Josefinos e Seminaristas antes e no início de sua Vida Religiosa.

lrmã Luiza soube unir o necessário ao útil e ao belo. Por isso, ao trabalho assíduo para servir as próprias Irmãs soube aliar o lazer, amando a criacão, obra do Pai.
Com carinho todo especial, cultivava flores e folhagens que pareciam responder aos seus cuidados, pelo vigor de seus coloridos. Os passarinhos que recebiam de suas mãos o alimento e a atenção, enchiam-lhe a sala de costura com alegres gorgeios.

Mas além do trabalho constante, entremeado por lazer sadio,se distinguiu por sua vida de oração. Muito cedo, Ir. Luiza, qual virgem prudente, estava na Capela,todos os dias, junto ao Amado, mantendo em sua lâmpada o óleo do Amor. Era ela quem acordava, com a sineta matinal, as Irmãs da Comunidade.

A simplicidade, a pobreza e o amor a Congregação também lhe foram características. Mas a Mãe Santíssima ocupou lugar importante em sua existência, assim como a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

Ir. Luiza vivia com a presença de Deus e, por isso, estava pronta a aceitar-lhe a vontade: Percebeu, antes mesmo do diagnóstico médico, o mal que a estava minando. E, quando, no mês de maio, nem três meses antes de sua morte os médicos declararam, mediante cirurgia, que estava acometida de mal incurável, aceitou serenanente a Vontade do Pai.

Generosamente se ofereceu como vítima de holocausto ao amor misericordioso de Deus, pelo Papa ( a quem escrevera), pela Igreja, pela Congregação e vocações sacerdotais e religiosas.

Desejava ardentemente morrer em comunidade, junto às co-irmãs e não no hospital. Desejava a presença das Irmãs, das Iniciadoras da Congregação no Brasil, da Superiora da casa.

Deus lhe atendeu o desejo e às 2 h da madrugada do dia 7 de agosto de 1983, tendo anteriormente recebido todo o conforto da oração e dos sacramentos, Ir. Luiza após ter feito o sinal da cruz e juntado as mãos para uma derradeira oração, entregou sua vida nas Mãos de Deus, rodeada por quase toda a comunidade que acorrera para recolher-lhe o último adeus, suavemente entoando os cantos de sua predileção.

Ir. Luiza, obtém-nos, junto a Deus, a fidelidade à oração para que como tu, em nossa lâmpada nunca falte o óleo do Amor.