Irmãs Murialdinas de São José - Delegação Brasil/Argentina

Quem Somos - Na Vida Eterna




Ir. Paulina Zandoná

“Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, estive enfermo e me visitastes”... Todas às vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes”. (Mt 25, 35-36b e 40).

No dia 15 de janeiro de 1919 em Nova Bassano- Nova Prata-RS , nasce Paulina Zandoná, filha de Guido Zandoná e Leopoldina Begnini.
Iniciou seus estudos com as Irmãs do Imaculado Coração de Maria. Tentou, depois, a vida do Carmelo, mas sua saúde a obrigou a tomar outro rumo.
Os caminhos de Deus são sempre maravilhosos, mas desconhecidos, misteriosos...

É com as Irmãs Murialdinas de São José que Paulina optará decididamente por seguir a Cristo. Assim, em 1961, entrou no Noviciado, fazendo sua Primeira Profissão Religiosa em 1963 e a Profissão Perpetua em 1968.
lrmã Paulina, antes de ingressar na Congregação das Irmãs Murialdinas, já exercera o Magistério e a Enfermagem. Na Congregação continuou estudos, conseguindo o diploma de Professora do então Curso Primário.

Estava preparada, profissionalmente, para desempenhar a missão que fez dela a professora firme, dedicada e consciente e a enfermeira solícita, eficiente e desinteressada.

Lecionou na Escola São João Bosco, em Caxias do Sul-RS, no ano de 1963. De 1964-1968, foi professora e enfermeira em Vila Oliva- Caxias do Sul-RS. De 1969-1970, lecionou no Colégio Santa Maria Goretti, em Fazenda Souza. Em 1971, de janeiro a junho, foi enfermeira na Cidade de Deus- Porto Alegre-RS.

Voltou ao Magistério no Colégio Santa Maria Goretti em 1971 até inicio de 1972.
Na Vila Restinga, em Porto Alegre, trabalhou junto aos pobres e doentes, em 1972.
De 1973-1983, Ir. Paulina se fixou, como enfermeira, em Fazenda Souza-Caxias do Sul-RS.

Ir. Paulina não foi somente boa profissional. Deus lhe dera o dom da persuasão, sabia inculcar a convicção. Com o remédio, ministrava também o ânimo ao doente e, por vezes, a certeza de que ficaria curado.

Era dotada de considerável força de vontade e de concreta vivência da fé. Dedicada aos pobres e doentes, estava em condições de dar a vida às pessoas: conforto material e espiritual. Sabia ouvir as pessoas que a ela vinham ter.

A vida comunitária e a companhia das co-Irmãs lhe eram muito preciosas. Era otimista, entusiasta, alegre, líder, confiante. A oração lhe era especialmente cara. Amava a Congregação, a Igreja, o povo e sobretudo os que sofrem.

Em certa ocasião, assim se expressara: ”Reconheço minhas fraquezas, meu nada, minhas misérias, mas não desanimo... Atiro-me nos braços do Pai.
O Pai é perdão, o Pai é misericórdia. Só quero o que Deus quer e que se cumpra em mim Sua Vontade. Pai, em tuas mãos entrego esta alma, ama-a!”
A coragem que sempre lhe foi característica, acompanhou-a até o fim de sua existência.

Acometida de mal incurável, Ir. Paulina, como enfermeira, encarou a realidade, conhecendo e acompanhando todas as fases de sua doença, corajosamente. Rezava, trabalhava e procurava viver intensamente sua vida terrestre que, dia a dia, se estava reduzindo.

Não hesitou em aceitar os passos mais difíceis que a clínica médica receitava. Falava claramente as co-irmãs de sua morte próxima, insinuando—lhes os cantos que desejava para sua morte, pedindo-lhes que, quando esta acontecesse, nada modificassem, mas, alegres e serenas continuassem a viver e fazer suas tarefas diárias.

No mês de maio de 1983, quando a Superiora Geral, Ir. Elisa, voltou da Itália, Irmã Paulina despediu-se, dizendo-lhe que nunca mais a veria neste mundo.
No início de sua doença, oferecera-se como vítima de holocausto ao amor misericordioso de Deus.

Ir. Paulina traduzia, apesar de sua força de vontade os golpes que recebia em seu corpo, pelo mal que progredia.
Mas, voltando a si, partilhava da vida comunitária. Foi assim que, na tarde avançada do dia 25 de julho de 1983, em Porto Alegre-RS, na Comunidade da Cidade de Deus, para onde fora ao sair do Hospital Moinhos de Vento,onde fora submetida à última cirurgia, Ir. Paulina percebeu ser chegada a última hora.

Na mesma noite de 25 para 26 de julho, foi transportada para Fazenda Souza, onde jaz, no cemitério propriedade das Irmãs Murialdinas.
Irmã Paulina deixou profunda impressão, não só em suas co-irmãs que serenamente acolheram a Vontade do Pai, mas também entre o povo que fora tão beneficiado por seus caridosos serviços.

Irmã Paulina, obtém-nos, junto de Deus, a mesma graça da aceitação plena e amorosa de Sua Vontade, para que,como tu, saibamos enfrentar os pequenos e grandes sacrifícios com alegria e coragem,mas sobretudo, com amor.

Ir. Paulina, partiste, mas continuas bem junto a nós, pois teus exemplos, palavras, bondade e compreensão perrmanecerão conosco, porque nos deste o testemunho do AMOR que consagraste a DEUS e aos IRMÃOS.

Deus te amou e chamou-te à sua glória. Continua olhando para nós. Senhor, concede-lhe a eterna alegria.