Irmãs Murialdinas de São José - Delegação Brasil/Argentina

Quem Somos - Na Vida Eterna




IRMÃ CAROLINA LUCIAN

“As almas dos justos estão nas mãos de Deus e nenhum tormento os atingirá. Aos olhos dos insensatos parecem morrer, mas eles estão em paz”.

“Vem, bendita de meu Pai, vem possuir o Reino que te está preparado desde o início do mundo “.

Carolina Lucian nasceu no dia 19 de maio de 1918, em Garibaldi-RS. É a ante-penúltima de 10 filhos, do casal Giovanni Lucian e Cecilia Debertolis Lucian. Giovanni e Cecilia eram austríacos de nascimento, pois que, naquele tempo, a parte da Itália onde moravam, terra do Papa João XXIII, pertencia à Austria.

Por duas vezes, Carolina tentou entrar na Congregação de São José, em Garibaldi, mas sendo de saúde frágil, não lhe foi possível continuar. Em 1943, trabalhou no Hospital Pompéia, prestando vários serviços, durante diversos anos. Nesse período conheceu Padre João Schiavo. Já fortalecida em sua saúde, demonstrou o desejo de tornar-se Murialdina. Entrou no Noviciado no dia 21 de janeiro de 1956 e fez seus primeiros votos aos 16 de fevereiro de 1958. Fez a profissão perpétua, com todo o 1° grupo, aos 11 de fevereiro de 1964, após a aprovação Diocesana da Congregação.

Irmã Carolina foi a primeira professora do Curso Preparatório, em Fazenda Souza-Caxias do Sul-RS, na então Igreja primitiva, localizada bem no centro da atual Praça de Fazenda Souza, nos anos de 1958 e 1959. Atrás já havia sido construida a atual Igreja. Nos anos de 1960 e 1961, tendo sido aberta em Caxias a Escola São João Bosco, para lá foi transferida Irmã Carolina, para tomar conta do também Curso Preparatório, dando uma mão também no Centro Técnico Social, onde residia, na comunidade Murialdina, pois que em Caxias ainda não tínhamos casa própria. Esteve, depois, dois anos na Casa Santo Antônio, em Porto Alegre, e voltou para Caxias, responsável pelo mesmo trabalho de dois anos atrás, integrando, a partir de 1966, a nova comunidade da Escola São João Bosco, aí permanecendo até 1968. No ano seguinte esteve em Vila Oliva. Voltou novamente para a Escola São João Bosco nos de 1970 e 1971.

Outra fase significativa da vida de Ir. Carolina acontece na Cidade de Deus, onde viveu de 1982 a 1989. Desse tempo, temos um testemunho do Professor Maurício Vian, então superintendente da Cáritas Arquidiocesana que assim escreveu para a Superiora Provincial da época: “Irmã Carolina sempre foi um exemplo de fé, de bondade, de disponibilidade, de alegria e dinamismo. O Secretariado da Ação Social e Cáritas dizem um obrigado pelo exemplo de Vida Religiosa de Ir. Carolina, que, não poucas vezes, suportou ingratidões, ofensas e incompreensões, mas silenciosa e humilde continuava o atendimento das pessoas com muito amor e dedicação “.

Depois de Porto Alegre passou a integrar a comunidade de Fazenda Souza, também por necessidade de maiores cuidados de saúde.

Irmã Carolina era muito piedosa, passava longas horas na Capela. Dava muita importância á Eucaristia, a tudo o que era da Igreja e rezava muito pelo Papa e pela Igreja. Desde que o trabalho lhe foi mais dificil, aumentou sua oração, tanto assim que ela havia se proposto de rezar diariamente as mil Ave Marias.

Dentro de suas possibilidades, gostava de ajudar nos serviços da comunidade. Parecendo sentir a brevidade de seu tempo neste mundo, ultimamente, quis colocar em ordem suas coisas e desfazer-se do que lhe parecia supérfluo. Sofria, porque já não podia acompanhar bem as leituras dos Salmos e outras práticas da Comunidade. Por duas vezes, nestes últimos tempos, contou a uma Irmã que ela havia feito uma contemplação tão linda, que lhe parecia estar na antecâmara do céu.

Irmã Carolina, agora deixaste o tempo e nele também tuas irmãs de família, teus outros familiares e tuas Irmãs de Congregação. Com certeza, de junto a Deus, não nos esquecerás. Recorda-te de todas as pessoas que aqui amaste e das que contigo viveram. Continua pedindo pela Igreja, pelo Papa, por tua Congregação.

Estás em pleno conhecimento e te será possível seres, junto com a Comunidade Murialdina que já está nos céus, a intercessora pelas tuas três irmãs, teus parentes, a comunidade paroquial de Fazenda Souza, sobretudo pelos adolescentes e jovens desta Paróquia. Enquanto o tempo para nós durar, não te canses de pedir por todos os que nele vivem, em contato com tantos perigos e apreensões.

Querida Irmã Carolina, descansa em paz no seio de nosso Pai comum e ajuda-nos a enfrentarmos com a mesma tua disponibilidade o que Deus preparar para nós, quando marcar a circunstância que nos levará do tempo para a eternidade, quando também Ele nos quiser na sua glória, como esperamos.